Espaço
Lúdico é qualquer extensão destinada a
atividades lúdicas, quer dizer, aos jogos, aos brinquedos e às brincadeiras.
São considerados como espaços lúdicos os estádios, ginásios, parques, praças,
jardins entre outros – espaços comuns, construídos para o desenvolvimento das
chamadas atividades esportivas e/ou recreativas.
São
fundamentalmente espaços lúdicos as salas de jogos, as ludotecas e as brinquedotecas.
A brinquedoteca brasileira
As brinquedotecas
começaram a surgir no Brasil nos anos 80. São espaços criados com o objetivo de
proporcionar estímulos para que a criança possa brincar livremente, sossegada,
favorecer o equilíbrio emocional, desenvolver a inteligência, criatividade e sociabilidade.
A brinquedoteca tenta
salvar a criatividade e a espontaneidade
da criança tão ameaçada pela tecnologia educacional de massa.
OS JOGOS NO DESENVOLVIMENTO E NA FORMAÇÃO
DA CRIANÇA
O brincar
faz parte da infância, e é uma aprendizagem necessária a vida adulta, como
retrata Chateau, pois é pelo jogo, pelo brinquedo que crescem a alma e a
inteligência. E ainda mais, “uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de
velho, será um adulto que não saberá pensar” (CHATEAU, 1987, p.14).
Através
do brincar a criança expressa sua cultura, o diálogo com suas experiências, os
costumes e convívio social. Expressa através de suas brincadeiras sua
personalidade, seus medos, suas crenças, seus desejos, libera seu mais íntimo e
se transporta para um outro universo, o seu universo irreal, mas leva para ele
aspectos que lhes são muito importantes, de sua vida, e de sua cultura.
Para
muitos adultos brincar direito é não fazer barulho, não correr, não se sujar. E
para as crianças isso faz parte das brincadeiras.
Com as
brincadeiras as crianças começam a compreender o mundo e por isso não existe
certo ou errado, mas tentativas de compreensão.
O adulto
que não compreende isso acaba prejudicando a evolução da criança a partir da
brincadeira. O brincar é inerente à criança, e por isso, deve ser levado a
sério.
Jean Piaget retrata que os jogos não são apenas uma
forma de desafogo ou entretenimento para gastar a energia das crianças, mas
meios que enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Vygotsky (1987) afirma que na brincadeira “a criança se
comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu
comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na
realidade”
A
escola pode ensinar, a psicopedagogia pode
cuidar dos problemas de aprendizagem, a psicologia pode resolver problemas emocionais, a família pode educar,
mas a briquedoteca precisa preservar um espaço para a criatividade, para a vida
afetiva, para o cultivo da sensibilidade; um espaço para a nutrição da alma
deste ser humano criança, que preserve sua integridade através do exercício do
respeito a sua condição de ser em formação.
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